Congresso LiderA 2012

Nos dia 18 e 19 de Junho de 2012 teve lugar no Complexo Interdisciplinar do  Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, o quarto Congresso LiderA, no seguimento do Congresso LiderA 2009 sobre as oportunidades da construção sustentável, do Congresso LiderA 2010 subordinado ao tema criar valor com a  sustentabilidade e do Congresso LiderA 2011 sobre produtos e serviços sustentáveis.

O Congresso LiderA 2012, contou com a presença de mais de 30 oradores e de 150 conferencistas, tendo sido muito positivas as opiniões recebidas.

O Congresso LiderA 2012 foi dedicado ao tema Ecobairros e Comunidades sustentáveis, tendo-se dado especial destaque à dinamização de soluções que criam sustentabilidade no ciclo da água, na energia, materiais e alimentos contribuindo para a procura e criação de comunidades mais sustentáveis.

O seu programa foi composto por oito sessões que indicam as linhas temáticas do evento, onde se encontram apresentações e debates sobre: (1) os desenvolvimentos efectuados pelo LiderA, no último ano; (2) a sustentabilidade como factor de desempenho no turismo, como factor de dinamização das comunidades sustentáveis e ecobairros; (3) o bom desempenho na procura da sustentabilidade; (4) a sustentabilidade nos países de Língua Portuguesa (PALOPS); (5) o ciclo urbano da água; (6) os desafios para a agricultura nos ecobairros; (7) o bom desempenho na procura da sustentabilidade do campo à cidade e da procura à certificação; e, por fim, (8) como contribuir para ligar oferta e procura da sustentabilidade nos ecobairros.


(Resumos e Conclusões disponíveis aqui)



18 DE JUNHO DE 2012

Sessão de Abertura

- Prof. João Azevedo, Presidente do Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e
Georrecursos (DECivil/IST)
- Prof. Manuel Duarte Pinheiro (DECivil/IST)


Desenvolvimentos LiderA
Contribuir para o desenvolvimento e construção sustentável - comunidades e ecobairros




    Enquadramento e moderação
    - Prof. Jorge de Brito (DECivil/IST)
   
    Comunidades sustentáveis, ecobairros e novas normas LiderA
    - Prof. Manuel Duarte Pinheiro (DECivil/IST)   -   (apresentação)

    Primeira certificação LiderA da reabilitação de uma obra de infraestrutura rodoviária: Caso Marginal Oeiras - Cascais
    - A obra - Eng.º Hélder Lourenço (Estradas de Portugal)   -   (apresentação)
   - Boas práticas na construção - Eng.º Nuno Cerqueira (HCI/HTecnic)   -    (apresentação)
   - Requisitos ambientais e desafio ao LiderA - Eng.ª Maria João Nunes Sousa (Estradas de Portugal)   -   (apresentação)
    - Desempenho no LiderA - Licenciado Bruno Costa (IST)   -   (apresentação)

    Primeira certificação LiderA de um Centro Pastoral - Caso: Centro Pastoral de S. Vicente do Paúl:
    - Padre Ricardo Madeira
    - Arq.º Paulo Girão
    - Eng.ª Maria João Cardoso (Câmara Municipal Santarém)
    (apresentação)


Sustentabilidade como factor de desempenho no turismo
Turismo como factor de dinamização das comunidades sustentáveis e ecobairros




    Enquadramento e moderação
    - Dr.ª Cristina Siza Vieira (Presidente Executiva da AHP - Associação dos Hotéis de Portugal)
   
    Reabilitação e certificação LiderA do Hotel Altis Avenida
    - Eng.º Jorge Rosa (Pensamento Sustentável, lda.)   -   (apresentação)

    Desempenho ambiental e contributo social
    - Dr.ª Marta Castelão Costa (Grupo Pestana)   -   (apresentação)

    Actualização da Norma LiderA de desempenho sustentável nos Hotéis
    - Prof. Manuel Duarte Pinheiro   -   (apresentação)
    - Arq.ª Ana Sousa (LiderA/IST)   -   (apresentação)


Bom desempenho na procura da sustentabilidade
Da energia à procura da sustentabilidade




    Enquadramento e moderação
    - Prof. Vítor Ferreira (Centro Habitat - Plataforma da Construção Sustentável)

    Reabilitação do Palácio Condes de Murça
    - Eng.º Paulo Nabais (Artepura - Investimentos Imobiliários)   -   (apresentação)
    - Eng.º Joaquim Ferreira (Plano sustentável/Concreto Plano)   -   (apresentação)

    Do Projecto à construção e comercialização do Edifício Lake 2 em Aveiro
    - Eng.ª Cristina Rito (CivilRia, S.A.) - (apresentação)

    A construção das primeiras Passive House em Portugal (Ílhavo) - o caminho para a autonomia de elevado nível
     - Eng.º João Marcelino
    - Arq.º João Gavião
    (apresentação)

A Sustentabilidade nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs)
Sustentabilidade e comunidades sustentáveis




   Enquadramento e moderação
    - Prof. Miguel Amado (FCT/UNL)

    A sustentabilidade nos PALOPs
    - Eng.º Domingos Simões Pereira (Secretário Executivo da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa)

    Arquitectura sustentável nos PALOPs - Caso Sure Africa
    - Prof. Manuel Correia de Guedes (DECivil/IST)   -   (apresentação)
   
    LiderA versões e aplicações nos PALOPs
    - Prof. Manuel Duarte Pinheiro (DECivil/IST)   -   (apresentação)


19 DE JUNHO DE 2012

Ciclo Urbano da água
Optimizar o ciclo urbano da água nos ecobairros



    Enquadramento e moderação
    - Prof. José Saldanha Matos

    Estratégias e práticas para um ciclo da água eficiente
    - Eng.º Francisco Serranito (EPAL)   -   (apresentação)

    Alterações climáticas e gestão da água nos bairros urbanos
    - Prof. Rodrigo Oliveira (DECivil/IST)   -   (apresentação)


Desafios para agricultura nos ecobairros
Hortas nos ecobairros



    Enquadramento e moderação
    - Eng.º Jaime Ferreira (Presidente AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica) 

    Regulamentação das autoridades locais para promover a agricultura em ambientes urbanos
    - Eng.ª Maria João Cardoso (Câmara Municipal de Santarém Chefe da Divisão de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável)   -   (apresentação)

    Planeamento urbano no séc. XXI – o papel das hortas urbanas – casos em Portugal
    - Eng.ª Raquel Sousa, Mestre em Ciências Ambientais, California State University (Biosite.com)   -   (apresentação)

    Principais ameaças à agricultura urbana
    - Eng.ª Raquel Cortinhas (Laboratórios Agroleico, Portugal) -   (apresentação)


Bom desempenho na procura da sustentabilidade
Do campo à cidade. Da produção à certificação – Contribuindo para os ecobairros



    Enquadramento e moderação
    - Ângelo Rocha (Presidente da Direcção, INTERBIO – Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica)

    Contributo das hortas urbanas e biológicas para a sustentabilidade
    - Eng.º Jorge Ferreira, (Consultor em Agricultura Biológica – Prof. Convidado ISA / UTL)   -   (apresentação)

    A agricultura da era pós – carbono
    - Eng.º Alfredo Cunhal Sendim (Agricultor), Herdade do Freixo do Meio, Prémio de Defesa e Fomento em Modo de Produção Biológico (2011)   -   (apresentação)

    A importância da certificação dos produtos biológicos
    - Eng.º António Mantas (Gestor da SATIVA)   -   (apresentação)


Contribuir para ligar oferta e procura da sustentabilidade nos ecobairros
O que procura o consumidor na dimensão sustentável – base para as comunidades sustentáveis



    Enquadramento e moderação
    - Eng.º João Paulo Girbal (Presidente Centromarca - Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca)

    Alimentação sustentável e Saúde
    - Dr. Gonçalo Moreira (APN - Associação Portuguesa dos Nutricionistas)   -   (apresentação)

    Comercialização de Produtos Biológicos em Portugal – Percepções e escolhas dos consumidores
    - Ângelo Rocha (Supermercados Miosótis)

   
Encerramento
- Prof. Manuel Duarte Pinheiro (DECivil/IST)





Principais conclusões do Congresso LiderA 2012
.

.Na construção sustentável consideram-se edifícios e ambientes construídos com bom desempenho ambiental, social e económico e as abordagens da construção sustentável são uma importante oportunidade para o actual momento da construção.

O LiderA, enquanto sistema integrado com níveis de desempenho e custo eficiente nas suas classes C a A++, dispõe, neste momento, de uma procura e aceitação crescente no mercado, para o qual pode contribuir largamente, tendo vindo a desenvolver, ao longo da sua existência, versões ajustadas às diferentes tipologias edificadas, dando origem a uma versão base e a um conjunto de verões específicas, nomeadamente, a versão para edifícios residenciais, a para edifícios turísticos, a para escritórios e a para edifícios de comércio, às quais se adicionam a versão para planos, de uma escala mais urbana, a versão para infra-estruturas, que se encontra correntemente em desenvolvimento, a de comunidades sustentáveis e, por fim, uma versão base para o panorama internacional, explorada, neste momento, ao nível dos PALOPs, uma vez que, a sustentabilidade é um processo que exige o envolvimento e a colaboração dos vários agentes e a perspectiva de ajustamento a cada realidade.

Neste Congresso os ecobairros, enquanto zonas em que se procura um equilíbrio económico, ambiental e social, revelam-se como um desafio e uma oportunidade permitindo encontrar medidas a esta escala complementarmente viáveis às adoptadas nos edifícios. Onde as actividades presentes nos ecobairros, se se assumirem como sustentáveis, podem potenciar o relacionamento e a integração dos utilizadores criando assim uma base para as comunidades sustentáveis. Nas quais se conta como actividade importante que contribui para o desempenho dos ecobairros a criação de espaços comunitários, tendo no Congresso sido atribuída a primeira certificação a um Centro Comunitário Pastoral – em São Vicente do Paúl, Santarém. Um outro contributo decorre das infra-estruturas e da sua sustentabilidade, tendo no Congresso sido também atribuída a primeira certificação LiderA a uma reabilitação de uma infra-estrutura – referente ao caso da EN6, Marginal Oeiras-Cascais. 

Essa procura de ecobairros e comunidades sustentáveis prende-se com os fluxos, nomeadamente, da mobilidade, da água, e das zonas naturais, explorados e debatidos neste evento.

Onde se evidenciou a importância da gestão da água, não só à escala do edifício mas à escala da zona, com especial atenção para a redução dos consumos e a gestão das águas locais face aos desafios das alterações climáticas.

A energia foi referida com um dos maiores factores de dinamização da construção sustentável de elevado desempenho como os edifícios certificados pelo LiderA, destacando-se a apresentação de um caso que segue a norma passiva, à qual associou o bom desempenho no consumo de água e a autonomia alimentar.

Já, no âmbito das zonas naturais e da sua parte que traz ou pode trazer o campo à cidade foi referido que estas podem potenciar o uso de espaços não urbanizados para a produção agrícola, sendo mais um centro de dinamização do ambiente e da componente socioeconómica local. Tendo-se feito a ressalva de que a produção alimentar nas zonas urbanas tem de ter em consideração os riscos subjacentes ao seu contexto (como por exemplo a poluição a que está exposto) na escolha das espécies a produzir. Por outro lado a corrente crescente de acesso a alimentos saudáveis tem vindo a posicionar os produtos nacionais de agricultura biológica no mercado, tornando-os num desenvolvimento e contributo importante para os eventuais ecobairros.

Por outro lado, turismo tem-se também vindo a assumir como um factor de dinamização da sustentabilidade através de edifícios com bons desempenhos ambientais, sociais e económicos e da valorização da zona em que se inserem. No entanto, de acordo com os estudos efectuados pelo LiderA evidenciou-se que para empreendimentos que compreendem já a implementação de boas práticas, chega-se a atingir variações de desempenho nos consumos energéticos de cerca de vinte vezes, chegando a cerca de 5 vezes nos consumos de água e nas emissões atmosféricas e 20 vezes nos resíduos produzidos, o que permite concluir que há nesta indústria espaço para melhoria do seu desempenho e que a adopção de uma norma de bom desempenho e a sua aplicação poderá contribuir largamente para potenciar o bom desempenho integrado e a competitividade do sector.

Contudo, realçou-se que variação do contexto em que os ambientes construídos se inserem, sejam unidades turísticas, edificado base, bairros ou outras actividades, tem impacto directo e indirecto nos seus níveis de desempenho ambiental, social e económico, apresentando projectos existentes que pretendem responder a esta questão, como o Sure Africa e as aplicações do LiderA que pretendem contribuir para a procura da sustentabilidade a realidades para além das nacionais como as de Cabo Verde, Angola, Brasil e Moçambique. Onde a criação de sustentabilidade é imperativa e o LiderA poderá dar um contributo unido pela língua e variedade cultural.

Concluindo-se que a criação de comunidades sustentáveis eficientes passa por existirem materiais, edifícios e ecobairros sustentáveis, mas só é possível se os utilizadores destes assumirem atitudes sustentáveis, ligando a produção ao consumo sustentável.

Em síntese, a procura da sustentabilidade começa a ser uma realidade e uma oportunidade nacional e nos restantes PALOPs, sendo essencial escolher a escala de intervenção adequada a um processo eficiente para o efectuar e comprovar podendo o LiderA ter um grande contributo para este caminho para um processo eficiente.


Como lançamentos inovadores decorrentes do Congresso Lidera 2012 é de referir:

- A entrega das certificações LiderA à reabilitação da infraestrutura rodoviária: Caso Marginal - Oeiras – Cascais (EN6), ao Centro Pastoral de S. Vicente do Paúl, em Santarém, ao Hotel Altis Avenida, ao Palácio Condes de Murça, ao edifício “Lake2”, em Aveiro, e às Passive Houses, em Ílhavo.

- A apresentação de duas novas versões do Sistema LiderA, para aplicação a infraestruturas e comunidades sustentáveis, e a actualização da versão para apoio e avaliação do desempenho ambiental dos hotéis.






Congresso LiderA 2012 - Com apoio da plataforma de ambiente do IST



Os patrocinadores do Congresso LiderA 2012:


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   Argex: http://www.argex.pt/


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Media partners do Congresso LiderA 2012:


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   A Revista Climatização: http://www.climatizacao.pt/


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